sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Que venha 2012!!!



Um novo ano está chegando e, como todos os anos, nesse período de fechamento deveríamos reservar um momento de reflexão para entrar no próximo ano com novas perspectiva. 
Normalmente, usamos a data para reencontrar amigos, fazer festa e virar a noite do dia 31/12 à espera do ano novo, com fogos, abraços e espumante... mas, o que é novo mesmo? 

Esse ano, por exemplo, dia 01 de janeiro é um dia de domingo. Se pensarmos friamente, esse domingo será igual ao último domingo, a diferença é que ele já está escrito no calendário 2012, apenas isso! O que é diferente?
Mas, tudo bem. Usemos o sábado (31),  esse último dia do ano, pra pensar o que fizemos durante todo o ano; o que foi bom; o que deveríamos manter e  o que precisamos mudar. Quais os excessos? Quais as atitudes indesejadas preciso reverter? Que postura preciso tomar diante dos problemas? 

No meu caso: 

Preciso ser mulher em algumas atitudes; virar gente grande pra resolver meus problemas; mudar algumas roupas; mudar meu perfume; mudar minha alimentação; tomar menos café; dormir mais cedo; comprar um novo chip; mudar meu cabelo; ir à Missa; sonhar com o futuro; trabalhar mais; estudar mais; amar mais meus amigos; me espiritualizar; aprender química; aprender novas receitas; aprender a fazer pavê; tomar vinho esporadicamente; ver o pôr do sol no mar; escolher uma atividade física; ouvir Chico Buarque; comprar o novo CD de Maria Gadú; escolher músicas antigas pra momentos de reflexão; parar, por um tempo, de ouvir Oswaldo Montenegro; ler Fernando Pessoa; comprar um escapulário; comprar um livro de Carlos Drummond de Andrade; esquecer amores impossíveis; curar meu coração...
Espero o melhor desse novo ano que está chegando. Que ele seja tão bom quanto o que se foi. Se o que se foi não foi tão bom? Que ele seja melhor...

Se 2011 foi bom? Já passou.

Que venha 2012!!!  





quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A DOR QUE DÓI MAIS




                  Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
             
                  Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai [...]. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas.
             
                  Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você poderia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

                   Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

                   Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

                    Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.


Marta Medeiros


Saudade e ver e não poder tocar, não poder ouvir, não poder abraçar... Saudade é querer e não poder ter... Saudade é sentir saudade de quem não vêm, de quem não quer vir...

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

cor-de-cinza... tempo nublado!



  A inspiração pra escrever não vem... saudade deixa em branco minhas páginas. Minhas lembranças estão embaralhadas, tudo é possível, tudo é verdadeiro.

  Quando ninguém chega: ninguém ama, ninguém reclama, ninguém se vai... o estímulo dá a possibilidade de tentar; o retorno será marcante; o prêmio vai além do planejado na mente de outros.

Quantas idas? Quantas aulas? Quantos medos? Quanto perigo!

Minha imaginação me leva à lugares desconhecidos. Lugares que nunca passei, nunca vi, nunca amei... ruas que não conheço... calçadas, nas quais, jamais pisei.





Mais um... Natal!?



... mais uma comemoração em família... fragmentada!
O toque do telefone, como todos os anos, é a tentativa de complementar o "incompletável". 
Sempre igual: alguém programa, junta-se a outros e planeja; coloca no papel e na imaginação e, faz.
Tudo igual.
Desde a Partida, o Retorno é sempre a mesma coisa; as mesmas pessoas; os mesmos lugares; notícias... notícias diferentes... essas mudam quando em vez!
Essas noites mudaram... a última em particular.
Revivi em outra pele o encontro frio, o abraço que demora a vir.
Não vi quem gostaria, mas as notícias chegaram, e chegaram felizes... Felizes pra quem vive, tristes pra quem as recebe.
Enfim, mais um dezembro precedendo um janeiro. Férias, festas, reencontro, partidas, chegadas e recomeço. 




segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Só Drummond... [!?]



Definitivo...

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...



Carlos Drummond de Andrade




sábado, 24 de dezembro de 2011

Palavras ao vento




Na antessala de meu avô havia um belo jarro em cima da mesinha. Um jarro lindo, com desenhos graciosos com flores cheirosas e cheias de vida, colhidas no campo cultivado por ele... Aquele vaso tinha um significado ímpar na minha vidinha de criança e, suas flores me enchiam de alegria.
Um dia, cheguei à casa de meu avô e fui correndo visitar minhas amigas flores. Encontrei o vaso no chão da sala,quebrado, e as flores espalhadas pela sala. Senti uma tristeza imensa. Corri ao encontro de meu avô, para que, juntos, pudéssemos encontrar uma solução para o conserto do lindo vaso.
A solução mais prática que vovô encontrou foi colar o vaso e reutilizá-lo. Assim, o vaso permaneceu ali, sobre a mesa, sendo abrigo daquelas flores. Como o vaso estava rachado, já não era capaz de reter água em seu interior, e para que não ficasse sem flores, puseram-no flores artificiais.
Todos os dias eu chegava, olhava o vaso com aquelas marcas e não sentia o cheiro das rosas do campo... a artificialidade daquelas flores tirava o odor agradável da pequena sala.
Um dia, pedi a meu avô que jogasse o vaso fora, ele havia perdido o significado para mim. Que graça tinha olhar para aquelas marcas e para flores artificiais? Tudo o que havia de vida, no vaso já não existia mais. Agora, ele era apenas um vaso quebrado com flores sem vida.

A mentira tem esse papel na vida das pessoas. Ela tira o cheiro e a beleza das relações e deixa cinza as amizades.
Há verdades que não precisam ser ditas, mas se começarem a ser pronunciadas que sejam na íntegra. Quando, por algum motivo, talvez até nobre, tentamos modificar uma verdade o ato se torna maldoso. Permitimos que o outro imagine, crie, invente a tal verdade. O problema, talvez, não é o outro inventar sua verdade. O problema é o sentimento deixado no outro que, enquanto tenta construir uma verdade, pensa na mentira, na enganação, na mácula deixada na, até então, relação de amizade.


Há coisas que realmente não precisam ser faladas. Assim, evitamos alguns deslizes.





terça-feira, 1 de novembro de 2011

Balanço!







Parar, pensar, reorganizar e seguir! Arrisco em dizer que esse é o princípio para a felicidade. Felicidade real, sem inocência, sem fantasia. Vida prática! Vida organizada. Não há nada, além disso, que traga os tais momentos felizes que Homem tanto busca.

Há momentos que trazem um sinal vermelho, que lhe obriga a pisar no freio e olhar o movimento da rua. O sinal amarelo piscou e, muitas vezes, você nem viu, ou viu e fez "vista grossa". As mazelas já bateram em sua porta diversas vezes, você abriu a porta e a mandou sentar à mesa no café da manhã. Que derrota!!

 O endereço eletrônico avisou. Ficou o tal do "dito pelo não dito";
 O telefone retrucou. Ficou na imaginação;
 Os olhares foram definitivos... eles no torpedo, na tela, na varanda, no horizonte, no mundo da lua... no mundo de alguém!

E agora José?
A festa acabou! Bem diria Drummond.










quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Da varanda




Ouvir Renato Teixeira cantar Amizade Sincera, para mim, é mais que três minutos de belas palavras embaladas ao toque perfeito do violão. Retrocedo ao cantinho da minha infância, tendendo a um adolescer precoce. Revivo minhas histórias; passeio, mesmo que só na lembrança e imaginação fértil, em meus lugares preferidos, em lugares pretéritos, em pessoas que chegaram e foram embora, mas permaneceram aqui guardadas.
Penso na família (porto certo e seguro), nas pessoas que fizeram a diferença em momentos cruciais, pessoas que amei verdadeiramente, e que apesar da distância tudo continua inviolável, amigos para todo e qualquer momento...
Lembro-me de você que, diversas vezes, trouxe-me a certeza do amor que amigos sentem e doam... na simplicidade ao compartilhar conhecimento, perspectiva para um futuro incerto, desejos de felicidade, sonhos de meninas inocentes... Interioranas. A cumplicidade nas aulas de matemática; na entrevista dos premiados (II OBMEP) na rádio local, (a medalhista humildemente cede o lugar para a ousadia da Menção Honrosa. Ousadia pelos cotovelos!!! Melhor que a ousadia era a tentativa de falar compassadamente)... Quantas idas e vindas, meu Deus! Quantas voltas.
Será se deixei saudade por onde passei? Será se sinto saudade dos que se foram? Será se minhas vontades foram, verdadeiramente, minhas? Será se plantei a semente e reguei como deveria? Se sim, onde estão as flores? Cadê a menina do barco acompanhada pelo anjo da guarda? Navegue menininha, que estarei navegando logo atrás. Cadê você que não vejo mais, que não ouço, que não abraço?
Quando falamos em amigos, falamos em irmãos por escolhas, em amores eternos, em paixões inesgotáveis... Pureza no trato, no gosto, no gesto.
Quando falo em amigo penso em música, em conversas deliciosamente longas, descontração em momentos que não seria possível se não houvesse um gosto pela presença. Penso em palavras de conforto em momentos difíceis; penso em doação, mesmo que seja um pouquinho do tempo, um tantinho de atenção, meia dúzia de palavras, mas, doação sincera.
Lembro-me de você. Das discussões animadas sobre assuntos polêmicos, do gosto refinado pela música, da meninice em momentos singulares, das piadas mais inventivas já proferidas, contadas de forma simples e com um requinte inigualável. Lembro-me do enorme coração que possui, da humanidade que, naturalmente, transparece em seus gestos e palavras; na doçura peculiar do coração de criança. Parte da admiração que nutro, sem dúvida, é pela capacidade que tem de ser criança e adulto num intervalo curto. Consegue ser doce como criança e rígido como um adulto quando se faz necessário. Não sei se conciliaria tão bem minha ingenuidade de menina com a dureza de ter que ser adulta quando as responsabilidades chamam. Poderia te descrever como Alceu Valença descreve alguém em algumas músicas...  e não me peça que eu mate moleque que mora comigo, ele é feito de barro é meu lado bandido, é meu lado palhaço, é meu lado doído...  Ao que sinto por você, diria: às vezes me sinto fraco e a minha vida se espalha por entre as sombras do mundo me perco e fico sozinho então, eu chamo seu nome você chega de mansinho.  Ou, simplesmente, como diria Jacques Brel, belissimamente interpretado por Maria Gadú... Ne Me Quitte Pas.
Queria poder ficar sempre assim, pertinho daqueles que amo. Desses que, verdadeiramente, me fizeram e/ou me fazem feliz. Manter as pessoas sempre perto de mim. Uma boa forma de ficar sempre bem... Infelizmente não é possível.
Amadurecer, além de cabelos brancos, traz uma visão apurada sobre determinadas coisas. Quando criança, pensava que podíamos chamar de amor aquele sentimento doado ao sexo oposto. Amigos eram apenas companheiros de conversa, de brincadeira, de briga, de molecagem, portanto, a eles, doávamos apenas, presença. Pensava em todos os “amigos” que tinham ido embora, e que não fizeram falta... Pensava no primeiro amor (o menino bonzinho da escola) e sentia saudade, vontade de passar o tempo rapidamente para que pudéssemos, enfim, juntar as panelas por meio de um casamento cheio de romantismo... Pensava assim, quando criança.
Hoje, lembro-me com saudade da vidinha de criança ao lado dos meus pais. Quantas lembranças boas... Quantas histórias contadas pela minha mãe ao pé do fogão de lenha. Que lindo ver as lágrimas de meu pai no nascimento do quinto filho; da preferência, quando éramos três, pela chiquinha. O tempo passa depressa e transforma muita coisa... Como transforma!
Penso que sou grande o suficiente para tomar decisões importantes; chegar em casa tarde; brigar com o vizinho; escolher minha janta - pode ser aquele miojo bem preparado na água quente e tempero gostoso que o acompanha na embalagem - tomar uma cerveja que há tempos está na geladeira pedindo que alguém a beba; colocar de lado costumes que, outrora, me fizeram bem...
Tudo parece simples, explicável, compreensível... Mas ás vezes procuro o que resta de mim, o que resta daquela menina que ficou feliz ao passar no vestibular. Há momentos em que desejo reencontrar aquela criatura...
Hoje, queria tomar café à mesa com minha mãe; falar sobre diversos assuntos interessantes; pensar em que roupa usar para ir à Missa; sentir o cheiro da comida boa de casa, da reunião em volta da mesa pra falar de assuntos chatos; 
Queria, simplesmente, voltar pra casa...  Estar em casa. Aquela que quando entro a luz já está acesa, o movimento indica mais de duas pessoas circulando, as paredes estão pintadas de verde-mar e o sofá é marfim... Aquela que tem uma “dispensa” com livros antigos e um canteiro que pouco é usado para cultivo de flores. Queria voltar a ser criança. 
Amanhã talvez precise de outra coisa, pense de forma diferente, tenha outras sensações, mas, sempre que entrar em casa e ascender a luz da sala, pensarei que, mesmo quando os cabelos brancos denunciarem minha idade, sentirei vontade de sentar à mesa ao seu lado e falar de coisas que, aos ouvidos de terceiros, parecem bobagens, mas que renovam laços e ressignificam vidas.



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Odisséia!




O que fazer quando o curso de graduação termina? Tantas dúvidas surgem... Que situação! A angústia bate e o desespero, ás vezes, é companhia constante.

O concurso passou e eu fiquei; alguns foram para outras vilas e permaneço aqui; tudo acontece ao meu redor e eu pareço permanecer parada... É horrível. Além de tudo, penso na obrigação que recai sobre as costas... Retorno aos pais; à sociedade cobra e não tenho nada a entregar, o que fazer? Queria a resposta pra ontem. Minhas perguntas são muitas e nada, nem ninguém as respondem.

O que fiz durante o meu curso? O que trouxe dele? Quais meus méritos na conclusão do mesmo? O que fiz durante quatro anos?

Conversei... estudei... conversei... brinquei... estudei... senti saudade... me estressei... aprendi... conversei mais uma vez, brinquei de novo, atendi ao telefone, busquei outras coisas, aprendi novos rumos... causei polêmica, gerei estresse, criei intrigas, chorei, odiei, vivi muito em poucos dias... saí de cabeça erguida.

Ganhei o que?

Experiência, amigos verdadeiros, conhecimentos, metas, foco, pessoas agradáveis, lugares próprios.

O que foi embora?

O que já não servia...

Coisas desagradáveis, pessoas intragáveis, pessoas sem noção, pessoas sem opinião... “Maria vai com as outras”... Tudo num só balaio! Todos num só ensaio... Tempos demorados, tempos amargos, tempos necessários... Perdas necessárias.

Fazer o que?

Esperar amanhecer... Continuar, e continuar bem.


Meus pedidos...

Que olhares e línguas ferinas permaneçam longe dos meus passos;

Que o Universo conspire a favor dos bons;

Que a as indagações estejam num perfeito equilíbrio às ações;

Que o homem seja sábio em todas as atitudes e palavras ditas, uma vez que suas ações lhe identifica e suas palavras, além de dizer quem é, causa estragos na mesma proporção da ênfase a que foi pronunciada;

Que o ser humano entenda que...

A beleza física da juventude tem prazo de validade;

 A experiência é boa, mas claro, aquela a qual podemos falar para filhos e netos;

 Festa é muito bom para sair da rotina e não ser rotina;

Bebida, às vezes, é bem-estar, mas em pequenas doses e esporadicamente;

Sexo seguro não é fugir de gravidez indesejada, é viver para todo o sempre bem, saudável e feliz;

Que as relações não sejam construídas em cima de valores (espécies), mas a partir de valores morais e éticos. Esses permanecerão até a velhice;

Que a humanidade entenda que o problema do vizinho também é meu, uma vez que dividimos o mesmo planeta e o tsunami do lado oriental, pode chegar aqui com a intensidade de um tsunami e não necessariamente de uma marolinha.
 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Universitários... Futuro Brilhante!!!


Blogs são veículos de comunicação excelentes para a livre expressão, logo, neles podemos externar nossas opiniões, expor idéias e projetos,denunciar fatos que, segundo nossa visão, fogem ás regras que regem a sociedade na qual estamos inseridos, e conseqüentemente fazer nossa merchandising.
Recentemente, li uma postagem em um dos blogs dos quais sigo intitulado “ PROFESSORES EM FALTA NA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO CAMPUS PETROLINA” que sinceramente me revoltou, não somente pelo conteúdo da postagem, pois esse é um problema corriqueiro nas Universidades, mas pela forma como foi colocado. No pequeno texto de umas trinta palavras (quantidade parece importante para a blogueira citada) contém erros primários da nossa Língua mãe.
É compreensível cometer erros na escrita, a Língua Portuguesa tem regras que, muitas vezes dificultam o entendimento, bem como a idéia exposta, mas tem concordâncias (ou falta delas) que são imperdoáveis, inadmissíveis para alunos universitários. Antes de “botar a boca no trombone” e denunciar a falta que a Unidade tem, e mais, enfatizar questões que não são do seu conhecimento; que ouviu falar por terceiros, e terceiros de opiniões tendenciosas, compre uma Gramática e seja amiguinha dela, fique certa de que com esse ato estará fazendo um bem imensurável para seus futuros alunos.
O Professor que fala mal, se expressa mal, escreve mal, perde a credibilidade diante da sociedade.
Tenha certeza de que, quem ler a postagem em seu blog concordará com você quando diz que a Universidade está formando mal seus profissionais. A julgar pelo seu modo de escrever fica evidente essa má formação. É uma pena que esse julgamento recaia sobre todos os outros alunos. Que se esforçam para, no mínimo, escrever corretamente.
 Eu, como aluna desta Universidade, particularmente da Unidade de Petrolina, a defendo com unhas e dentes. Aqui consegui uma formação em Nível Superior e estarei sempre levando comigo a gratidão por todos que participaram de forma direta ou indireta dessa minha jornada.   Não consigo entender pessoas que só criticam e o pouco que fazem, fazem de forma errada, equivocada ou mal feita.    
A necessidade que a Universidade de Pernambuco, precisamente a Unidade de Petrolina, tem de Professor é um problema enfrentado por todas as Universidades brasileiras. A educação em nosso país enfrenta dificuldade em se estabelecer como algo de extrema importância, isso é do conhecimento de todos. Os discursos a valorizam, mas as ações não.
As denúncias são válidas, mas que sejam feitas de forma mais CORRETA possível.
Não envergonhem os professores que lhes formaram. Eles não merecem passar por vexames dessa natureza. Falar que a Unidade forma profissionais de baixa qualidade é falar que os formadores desses profissionais são de má qualidade, e precisam concordar comigo que na Universidade de Pernambuco Campus Petrolina tem profissionais de altíssima competência. Não coloque em seu balaio medíocre toda a Unidade, nela há profissionais de excelente qualidade, em diversas áreas.
Seja mais prudente ao escrever em seu blog, não esqueça que ele retrata um pouco do que és. Seja mais cuidadosa ao escrever... Pessoas lêem seus textos e fazem julgamentos a seu respeito a partir do que você mesma escreveu.


REPITO, a denúncia é válida, mas os erros são inadmissíveis.





" Atendendo ao pedido de leitores, disponibilizo o texto ao qual me referi." 




PROFESSORES EM FALTA NA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO CAMPUS PETROLINA




Venho por meio deste meio de comunicação avisar para a população de Petrolina juntamente com os representantes políticos a dificuldade de se tornar um professor em nossa região. A Universidade de Pernambuco esta sem professor porque o Governo do estado não lança edital para professor efetivo, simplesmente abre depois que data das aulas iniciam, é que chega um edital de concurso DETALHE: CONCURSO PARA CONTRATO DE 2 ANOS COM SALÁRIO DE 1.300,00, SENDO QUE O DE PROFESSOR EFETIVO É DE + DE 3.000,00, O GOVERNO DO ESTADO ACHA QUE FAZENDO UM PALEATIVO DESTE RESOLVERÁ ALGUMA COISA!
O que é mais preocupante é que não vemos as coisas melhorar em nossa Universidade que forma professores em todas as áreas para o Vale do São Francisco e de toda a região!

QUEM ESTÁ POR NÓS? OS PROBLEMAS NESSA UNIVERSIDADE PRECISA SER LEVADO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO!, COMO É QUE A CIDADE CRESCE E A EDUCAÇÃO DECRESCE!!! TEM ALGO ERRADO NESTA FRASE DE CRESCIMENTO DA REGIÃO, COMO SERÁ POSSÍVEL O DESENVOLVIMENTO SEM UMA EDUCAÇão DE QUALIDADE!

EXISTEM GRANDES PROBLEMAS NA UPE, INCLUSIVE NESTE 1º SEMESTRE FOI APROIVADA PELA ORDEM DA DIRETORA SOCORRO UM “MONOGRAFIA” DE 12 PÁGINAS. Sem professores não há conclusão do c urso, é necessário que os estudantes se unam para mudar essa realidade!

PRECISAMOS DE SOCORRO!
OS PROBLEMAS SÃO INÚMEROS!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O Massacre de Realengo

Seguindo o exemplo de tantos outros, de nacionalidades diversas, hoje, dia 08 de abril de 2011, uma rapaz de apenas 23 anos, que atende por um nome um tanto norte-americanizado, Wellington, entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo Estado do Rio de Janeiro, as 8h da manhã e, depois de deixar uma carta (todos eles precisam deixar escritos os diversos motivos que os fizeram cometer uma atrocidade dessa), que possivelmente foi largada em algum lugar previsível, preencheu de balas suas duas armas, subiu ao terceiro andar do prédio e começou a atirar em todas as crianças que encontrava. 

Depois de munir diversas vezes suas armas, um comando da polícia militar que passava por perto da Escola no momento, conseguiu parar o rapaz com um tiro na perna, que mesmo ferido continuou sua investida. Depois de não ter mais forças para continuar, deu um tiro na própria cabeça dando fim a tanto desespero que tomou toda a escola.

Agora muitas perguntas ficam no ar? Primeiro, qual o conteúdo da carta? Essa será logo respondida. Depois de tanto desespero, toda a sociedade está de ouvidos atentos esperando a divulgação da mesma. Outra indagação são os porquês, embora não aja motivos que justifique esta situação. O mais preocupante é: Os nossos filhos também correm perigo. Não há segurança sem falhas, não conhecemos o nosso vizinho do lado, não sabemos quais são os perigos que nossos filhos estão correndo quando os deixamos na escola pela manhã e só os buscamos a trade. O mais desesperador é que não temos saída, não existe escolha para esta questão... Será que vamos precisar contar com a sorte? Será que a segurança nas escolas não poderiam ser melhoradas? E as escolas que não nenhuma representação de segurança nos portões de entrada?

Uma situação difícil de ser resolvida e que pode acontecer com qualquer um e em qualquer lugar.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

DE FRENTE COM O “CONCURSO PÚBLICO"

“O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo" (Nietzsche)” e é com essa frase que eu começo entrevistando uma das pessoas mais desejadas do Brasil o “Concurso Público”
Olá, boa tarde!

Boa tarde!

Seu Concurso Público me responda como é ser a pessoa mais desejada do Brasil e por que isso acontece?

É muito bom! Eu fico muito envaidecido, pois milhares de pessoas me querem, mas poucos me tem. Sou o mais desejado por que trago estabilidade e geralmente ofereço bons salários e dou a impressão de que comigo o trabalho é sempre menos árduo.

Qual o perfil da pessoa que geralmente conquista você?

Geralmente são pessoas jovens, que estudam bastante, os meus conteúdos e as formas de me alcançar. Mas vou avisando que mesmo com esse perfil tem muitos outros fatores que interferem na minha conquista. Sou uma pessoa difícil!

Já que você tocou nesse assunto... Que outros fatores seriam esses?

Bom, é preciso que a pessoa esteja bem fisicamente e psicologicamente, no dia do nosso encontro.

Explique melhor...

Se estiver com dor de cabeça, mal humorado...
Reprovo! Ora, não tenho nada a ver com os problemas dos outros.
Se der um branco com as palavras...
Reprovo! Meu tempo é precioso, geralmente eu espero uma média de 4 a 5 horas, nem um minuto a mais!

É verdade que você tem gerado milhões para os cofres públicos?

Sim, é verdade.  Já tem gente que diz que sou de fato UMA INDÚSTRIA. O governo tem garantido milhões só com as inscrições dos candidatos a maioria reprovado pelo sistema capitalista, mas que vem tentar a sorte comigo.

E o setor privado como fica?

O setor privado também se beneficia comigo cito o exemplo dos cursinhos preparatórios, eles ganham para preparar as pessoas que tiveram um ensino público de má qualidade. Esta é uma parceria entre os setores públicos e privados, todos saem ganhando, exceto aqueles que não tem dinheiro para pagar os exorbitante preços  que os cursinhos tem cobrado.  

Para fechar a entrevista como você se definiria?

Sou fruto de um sistema capitalista, nasci com ele. Numa sociedade marcada por desigualdades sou a melhor forma de inclusão e ao mesmo tempo de exclusão.  Sou aquele que desperta nas pessoas o espírito competitivo, a vontade de vencer na vida. Tenho sido para muitos a melhor escolha e fuga dos patrões chatos e autoritários.  


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Professores, que espécie de Profissionais somos nós?

Passamos dias parados em frente à TV assistindo reportagens a respeito de quão mal formados são os professores, sobretudo os profissionais que atuam no Ensino Básico. Que situação deprimente! Pior ainda é a justificativa que esses profissionais dão para o seu desempenho medíocre em sala de aula, boa parte deles culpam a baixa remuneração, fator determinante para sua falta de estímulo no planejamento de uma boa aula e manutenção dessa característica durante toda vida de docente. 

Como assim? 

O piso salarial do professor, assim como de qualquer outro profissional é de conhecimento de todos de forma muito transparente, ficando assim a critério de todos escolher ou não essa profissão que lhe dará prazer e pagará suas contas, ou no pior dos casos pagará sua contas. Sendo assim, quem escolhe ser professor precisa fazê-lo tendo em mente as grandes responsabilidades que está escolhendo para si por toda a vida de profissional ativo, bem como da remuneração estabelecida, que infelizmente é inferior a quase todas as profissões. Bem, mas isso não justifica a péssima aula que nossas crianças estão assistindo.

Se tudo que cresce sólido e forte é por estar assentados em raízes sólidas, em que alicerce os nossos pequeninos estão sendo criados?... Crianças de 6 a 10 anos, que com muita ilusão, principalmente por parte dos pais, buscam na escola a complementação da educação doméstica, esta, necessária a formação psicológica da criança, encontram “tias” com um desempenho de um profissional de baixíssima qualidade. Essa realidade é comum, principalmente em escolas públicas onde a ética profissional se sobrepõe a conversa fiada de que os alunos são difíceis e não “querem nada”. 
O aluno, embora uma peça fundamental para o bom aprendizado, em muitos casos se mostra desinteressado por coisas que acreditam não ser de sua alçada, e os mesmos têm o direito, assim como todo indivíduo de não gostar daquilo que não conhece, então a responsabilidade do professor é apresentar de forma interessante a sua proposta de aula, com metodologia um pouco mais digna de profissionais de tão alto gabarito. 
O que vemos comumente é universitário que mal iniciaram a graduação, muitos deles com uma bagagem precária, assumindo turmas do Ensino Básico, com responsabilidade de quem já têm um Título, o que seria correto em nossa educação, mas que não acontece. Na maioria das vezes, a necessidade financeira empurra esses estudantes despreparados, que não gostam de lecionar, mas que para ter “algum” no bolso, vão para as escolas para confundir aqueles que pouco sabem e que acreditam ter em sala, como mestre, um mestre propriamente dito. As escolas por sua vez acolhem esses professores-aprendizes, muitos para substituir outros colegas, sem nenhum tipo de avaliação ou critérios. Assim seguem os absurdos rumos da educação básica que coloca na Universidade alunos ruins, preguiçosos e mal informados, que conseqüentemente coloca no MERCADO DE TRABALHO (é para esse fim que as universidades subsistem), profissionais, no mínimo, com qualidade duvidosa. Os que se salvam, o fazem com muito suor, uma vez que o desempenho da turma interfere na qualidade da formação do indivíduo (é uma pena que seja assim, aja vista que nossas Universidades lotam salas de alunos que pouco sabem e não fazem muita questão de aprender, fazer o que?).
Resta-nos, Professores, futuros Professores e Profissionais da área, apelar para os que ainda estão fora da Universidade e que não “nasceram” para ser Professor:



“ Por favor, não busquem nos cursos de licenciatura a possibilidade de entrar na faculdade para fazer sua parte como bom aluno do Ensino Médio que conseguiu passar no vestibular, até porque seu conhecimento medíocre bastará para ingressar na Universidade, mas não te dará suporte para sair dela como um bom Profissional. 
Não basta entrar na Universidade, o grande MÉRITO é sair dela com êxito, do contrário de nada adiantou os quatro anos que você passou dentro de quatro paredes lendo sobre um monte de gente que fez a diferença, tendo a certeza que nunca será um deles. Você perdeu seu tempo, tirou a vaga de alguém com talento, comprometeu seu futuro, e perdeu a oportunidade de fazer algo que realmente faria bem. 
Ao invés de se inscrever num desses vestibulares, se inscreva num cursinho pré-vestibular, estude mais um ano e passe num desses chamados CURSO NOBRE (nenhum curso formará profissionais tão nobres quanto aquele que forma profissionais do ensino. Esse é o CURSO dos cursos!) que te fará encher a boca quando alguém te perguntar que curso faz? 
Mas, se mesmo assim você insistir em cursar uma licenciatura, não perca seu tempo, ou pior, não comprometa o futuro de outras pessoas, que por imposição das circunstâncias serão seus alunos, não vá para campo (escola) ensinar cargas d’água. Fique com seu diploma guardado e oferte seus serviços aos diversos ramos da economia como um vendedor, um panfleteiro, ou qualquer outra coisa que edificará outras pessoas e não prejudicará ninguém. Pense bem antes de escolher o curso que será seu companheiro, melhor ainda, sua PROFISSÃO para todo e sempre.”

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o "BBB

  
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos
 chegar ao fundo do poço...A décima terceira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,
encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo,
principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado
dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays,
acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade
em busca do IBOPE..

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem
 variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com
suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual,
o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro
de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente
 bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa
 é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e
meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
 São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores),
 carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor,
quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo
santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes
e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína, Zilda Arns).
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado
 em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos
 participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor,
ética, trabalho e moral.
 
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de
pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais.
Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de
muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar.... , ouvir boa música.
.., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.


Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade
 .
********************************
 MAS  O POVO BRASILEIRO MERECE ISSO!
ELEGERAM  ATÉ O TIRIRICA.  

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A Geração Incógnita

É sabido que a cada cinco anos uma geração é considerada nova, ou seja, mudam costumes, manias, tipo de músicas, tipos de festas e forma de se comportar... Para os nossos avós o que vivemos hoje, nós que acabamos de entrar na fase adulta,  é uma total falta de respeito. Consideram-nos muito "moderninhos", e cheios de manias que envergonhariam a geração a qual o nossos tataravós pertenceram. 


Bem, consideremos que muitas coisas mudaram, o Brasil, a partir dos anos 50, deu um salto na Tecnologia e tudo que antes era bom e novidade, passou a ser retrógrado... O interessante era o que vinha de fora, exportado de nossos "saudosos"e manipuladores Estados Unidos, o bacana era ser rebelde provando o quanto eram sensíveis com as causas sociais... desse período, período em que nosso País tomou um banho de ditadura comandada pelos militares que eram os donos de todo o território, surgiram e se solidificaram os mais eficazes movimentos liderados por jovens "rebeldes" que desejavam mudanças efetivas na maneira de governar o país...


No embalo do rock, da Tropicália, Jovem Guarda e tantas outras formas de expressão, jovens de todos os lugares se juntavam para externar suas revoltas de modo sutil: com muita música, sexo e drogas, esse era o clima encontrado nas conversas em barzinhos e grupo de amigos dessa geração, uma forma válida de fazer Revolução... época de ouro! Reivindicações eram feitas de todas a maneiras: Passeatas com muito barulho, empurrões e tapas; shows lotadíssimos; grupos esquerdistas; movimentos gays... enfim, a partir daí outras gerações tentaram copiar as explosões de cultura surgidas em anos como os de 50 e 60. 


Digamos que até os anos 80 as formas de se expressar eram um tanto inteligentes, levando em consideração as letras de músicas que foram escritas na época e que fazendo uma relação com as músicas que estão nas paradas de sucesso hoje, as ouvidas por nossos pais dão um banho de cultura e bom gosto nas composições barulhentas e sem nexo que surgem a cada dia.
De todas as épocas, de todas as gerações que passaram algo de interessante criou raízes e se eternizou. Quem não lembra de Asa Branca, belíssima música composta por nosso saudoso Rei do Baião Luiz Gonzaga? ou Carinhoso de nosso querido e amado Pixinguinha? E como essas, outras músicas ficaram na mente de todas as gerações e foram lembradas por cantores que tentaram ser bons, mas que não fizeram nada mais que reproduzir malissimamente ideias geniais.


Se a geração posterior a boas gerações (1950, 1960, 1970, 1980), copiaram , copiaram e pouco criaram, pouco ou muito pouco podemos esperar da geração que se forma em nossos dias... Meninos e meninas que passam horas a fio em frente ao computador navegando na grande rede, cultivando amizades imaginárias de loucos e dissimulados que sentem prazer em enganar pequenas mentes ingênuas, de manipular crianças e enganar almas solitárias que buscam na internet uma possibilidade de relacionamentos estáveis. Enfim, podemos crer então que a geração atual está perdida: nada cria, e muito copia! Que desastre. Pensemos então que as cabeças pensantes de hoje, são relíquias a ser consagradas. É penoso ver que o futuro do nosso país, representados pelos nossos jovens, jovens que pouco pensam e nada fazem, está cada vez mais "cavernoso". Busquemos então o consolo de nossas preocupações em criações de outrora, podendo assim acalentar nossos momentos embaladas por belíssimas músicas como as de Chico Buarque, Vinícius de Moraes e tantos outros que orgulham gerações passadas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Desastre na Região Serrana do Rio



É notícia em todos os jornais, telejornais, revista, enfim, todos os meios de comunicação a catástrofe sofridas pelos moradores da região serrana do Rio de Janeiro. As últimas semanas tem sido de intenso trabalho voluntário, doações e apelações para que a comunidade de modo geral se volte para o sofrimento desses envolvidos - dentro desse cenário, destacam-se os repórteres que aproveitam a grande calamidade para fazer seu bom trabalho e ganhar destaque - enfim, aproveitadores a parte, pulemos esses detalhes e tentemos colocar as nossas atenções para as causas de tamanhas desgraças.
Hoje, uma multidão se dirigem as regiões atingidas para dar uma "mão amiga" às pessoas que sofrem, outras se perguntam os porquês de tantas tragédias naturais assolarem vastas regiões?! Quantas respostas caberiam nessas indagações. Poderíamos destacar todas as características geomorfológicas da região serrana, bem como de todo o Estado do Rio, sobretudo da Cidade Maravilhosa, para justificar ao escorregamentos das massas  morro abaixo; poderíamos também buscar Deus e perguntar a Ele, porquê, com Sua tamanha misericórdia, O mesmo não impediu que tantas vidas fossem podadas; mas misturando a ciência, a religiosidade, a situação socioeconômica e aliada a burrice do ser humano poderíamos concluir que esses desastres são cada vez mais frequentes por razões lógicas: o homem, com sua ganância e inteligência desprezível constrói seus impérios, por mais simples que sejam, em todos os lugares que tenha vestígios de solo onde o pé considere "terra firme", desconsiderando o fato de que nem tudo que parece ser seguro de fato o é, o fato é que a terra firme em que nossos pés um dia pisaram, hoje está desmoronando sobre nossas cabeças. Somos vítimas de atitudes desmioladas e falta de inteligência lógica, de berço. Agora não adianta chorar os mortos xingando Deus... Ele, provavelmente, está lá em cima, sentado em Seu Santo Trono, com sua Santa mão no queixo e pensando " esses meus filhos não aprendem nada mesmo. Tantos avisos dou diariamente. Tanta fragilidade mostro nos terrenos, tanta Ciência ajudei a construir para que eles se aliassem a ela e não cometessem esse tipo de suicídio. O que eu posso fazer? O que me resta e produzir mais milho para a pipoca da próxima sessão!" Infelizmente, Deus não pode segurar todos os desmoronamentos que ocorrem, até porque dessa forma Ele estaria burlando as normas de seus ensinamentos, uma vez que O mesmo nos dá livre arbítrio, com a condição que arquemos com as consequências que inevitavelmente vêm.
Aos mortos na tragédia da região serrana, uma santa paz em seus túmulos, aos que vivem, força para reconstruir o que foi ao chão... mas façam isso em locais seguros, caso contrário assistiremos desastres de proporções ainda mais assustadoras.

O homem sofre as consequências de seus atos!