domingo, 8 de abril de 2012

A elas...



Chega de cópias!!! Cansei de transcrever Marta Medeiros, Chalin Chaplin e tantos outros... Mafalda, com sua inteligência desmedida diria: " __ chega de besteirol! escreva algo que mereça a perda de tempo nessa página. Qual que é?" 

Originalidade é a característica marcante na lista de adjetivos femininos. 

Mulher tem um jeito particular de ver o mundo ao seu redor. As feministas são as melhores. Elas tentam impor uma imagem segura, sincera, destemida, descompromissada, esperta e, sobretudo, prática. 

Elas falam e pensam:

Se ele não ligou não tem problema algum, nem estava esperando mesmo;

Quando me disser que deseja ir em casa "conhecer minha mãe", vou deixar bem claro que a intenção e 'ficar de boa', longe dessa história de namoro a moda antiga;

Nem pensar em seguir meus passos, ler meus e-mails, olhar meu celular. A individualidade é algo primordial num relacionamento;

Organizar contas juntos é um tantinho esquisito. Oxente! Ninguém é casado aqui;

Sair com minhas amigas é algo necessário ao meu bem estar, então, alguns finais de semana e feriados, esqueça! Seus amigos, com certeza, estão torcendo pela sua presença naquela partida de futebol. Aproveite!!! 

A praticidade não é qualidade, é item essencial à sua personalidade;
Mulheres, assim, não suportam "chove não molha"... cuida, cuida que o fim do mundo é em 2012. Não há tempo para 'pra que isso'.

Existe mulher assim? Acho que existem carcaças assim. Mulheres que colocam uma máscara naquilo que realmente são.

Mulher, na verdade, assim como o homem, são todas iguais:

Gostam de receber elogios;
Adoram ser paparicadas;
Ficam felicíssima quando levadas à sério;
Fazem bico quando são colocadas de fora daquele programinha de feriado;
São extremamente frágeis a qualquer gesto de carinho, amor, atenção...;
Estão sempre esperando aquele torpedinho de "bom dia"!;
São doidas pra receber flores e chocolate, mesmo quando odeiam aquele cheiro doce das rosas e são alérgicas a cacau;
Sassaricam por um momentinho juntos pra assistir aquele filme romântico que está em cartaz... enfim,
podem até dizer o que quiser, mas, no fim, são todas mui românticas.

Essa é a mulher:


(Frida Kahlo, 08.04 às 14:59 hs

Do que é feito o amor?

Nana Caymmi diria resposta ao tempo:

[...] Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei [...]

Quem sabe responder diga, eu!! em alto e bom som.
Não se sabe a receita... não se sabe o que realmente ele é, quando ele aparece, se está sendo confundido ou desprezado.

Desprezar um verdadeiro amor... comum aos nossos dias, talvez! Penso que é difícil entender o que é o amor. 
Procuro um "príncipe" real, com características que sejam compatíveis às minhas; que não me irrite com um ar de bonzinho todo o tempo;

Procuro alguém que se irrite comigo;
 que me aborreça;
 que me deixe de lado em alguns momentos, mas que saiba voltar com um jeitinho especial;
 que, quando estiver em seus braços, me sinta frágil como uma menina inocente do colegial;
que me deixe triste ao lhe ver partir;
que me faça contar os dias para vê-lo e, que quando isso acontecer, seja inesquecível, somente. Sem melodrama;
que me faça sentir protegida com um simples abraço; 
que me torne dependente de suas opiniões (até certo ponto);
que me diga o quanto estou sendo inconsequente em momentos que considero 'um pulo pra liberdade"
Procuro alguém real... alguém como eu, que ande sozinho, mas que saiba dividir os medos, angústias, alegrias, sonhos... quero alguém como você.


domingo, 1 de abril de 2012

Começo, meio e fim (inevitavelmente)

 

A impontualidade do amor




                Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

                Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?

                 Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.

                    O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

                O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode
estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

               A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender
                                        
                                                                              Martha Medeiros




sábado, 24 de março de 2012

Preciso de Alguém

Não preciso de alguém que me escute, apenas;preciso de alguém que me escute e leve a sério o que eu digo;
Não preciso de alguém que me leve à praia, em dias de sol, apenas; preciso de alguém que esteja ao meu lado, passando o hidratante pós-sol;
Não preciso de alguém que me embale na rede no fim de tarde, apenas; preciso de alguém que me ensine a armar e desarmar a rede em dias de chuva;
....

Quem tiver inspiração, ajude-me a finalizar esse poema...


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cúmplice...




Tarde de sábado em silêncio só... Na varanda namoro tua paisagem. Olho pra curva de teus tijolos e penso naqueles que te puseram em pé... As vidas que ali ficaram, pessoas que passam todos os dias por tuas tortuosas linhas, amores que te imploraram retorno.


Em que volta tua, fará a curva o meu amor? Que suporte teu, mandará meu coração ao lote do sossego?


Tarde, noite, manhãs escuras... Imponentemente, você permanece firme. Firme como o mandacaru em tempos de seca; inabalável como o homem-robô que não possui coração; perfeita como o batom vermelho, sonho de valsa, nos lábios da rapariga; segura como o amante que tem em sua amada confiança plena; imóvel... indiscutivelmente necessária.

És a grande mãe d’Aqui e d’Lá.

És a grande cúmplice de noites bem dormida.  

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Meu sabor Café!



                  Hoje, logo cedo, acordei, saí na varanda do meu apê e olhei aquele brilho solar das seis horas da manhã desta cidadezinha quente e, pensei nas coisas boas que já aconteceram em minha vida. Olhei a rua, pouco movimentada a essa hora da manhã, algumas pessoas passando apressadas com sua sacola de pão, outras limpando suas calçadas... numa dessas calçadas, sentado olhando pro nada, um senhor que, em plena melhor idade, gasta suas horas do dia a olhar quem passa, quem chega, quem sai, que ri, enfim, quem ainda vive...

              Pensei na minha infância, no meu adolescer e na minha, ainda precoce, fase adulta... Quantos sabores degustei! Quantos cheiros senti! Quantas histórias vividas, armazenadas em meu disco rígido e relembradas em momentos como este! Quantas questionamentos sobre o mesmo assunto com pessoas diferentes! Quantas dores de amor vou precisar viver pra entender o que é o AMOR! Se já amei, não sei. 

                Como saber se é amor o que não se explica!? Me causa dor, me proporciona momentos felizes, me aborrece com atitudes infantis, me alegra com um sorriso que só ele tem... é amor? Mas amor é convivência constante. Então, amor é só de mãe, pai, familiares, esposas, esposos, filhos? Não sei. Sei que sinto algo aqui que me causa frio na barriga só de pensar, que me arranca suspiros quando minha mão toca sua pele, que me enche de felicidade quando sinto sua presença, que me traz paz só de estar no mesmo ambiente.

                Ás vezes, no escuro do meu quarto, ouço músicas diversas e penso em ti. Crio cenas, fatos, encontros inesperado, enredos de filme (nacional. Nada contra os outros, é que amo filme brasileiro), e monto nossa trilha sonora. A vida deveria ter trilha sonora. Queria te encontrar e alguém, discretamente, soltaria uma música bem romântica para que, em câmera lenta, fôssemos ao encontro um do outro e, nos abraçássemos demoradamente, depois, ligeiramente a música para e, normalmente, continuamos a conversar. Que tal? Massa, não!

 Sabores inesquecíveis, cheiros marcantes.

  Sabores da vida.



Meu Sabor pode ser de Café