A humanidade, desde seu surgimento, tem feito
grandes transformações no ambiente. Tais mudanças decorrem de uma necessidade
de alcance do bem-estar, o que torna possível a partir da aquisição de bens
materiais e conquista de sonhos. Entretanto, tais conquistas, em muitos casos,
causam transformações irreversíveis nos padrões do equilíbrio natural.
A Revolução Industrial, marco histórico, econômico e
social, sinalizou os posteriores avanços tecnológicos possíveis. Nela, a
invenção da Máquina à vapor mostrou à sociedade mundial o quão fantástico eram
os produtos que poderiam ser criados em fábricas e indústrias. A partir daí,
surgem fontes de energia eficientes – o petróleo – capaz de fazer mover rodas
máquinas espetaculares que seriam chamadas de carro. Depois do carro, as
distâncias ficariam mais curtas e as pessoas teriam mais agilidade e
mobilidade.
Posteriormente, a invenção das telecomunicações
possibilitou à conexão de todo o mundo, criando meios de comunicação em tempo
real, em segundos, entre pessoas separadas por milhares de quilômetros. Com
tanta evolução, obviamente, o homem se tornaria mais ágil, mais comprometido
com assuntos de trabalho e cada vez mais necessitado dos bens que ele mesmo
produzia. O aumento do consumo gerou problemas ambientais alarmantes, tanto em
consequência da extração da matéria-prima quanto no descarte do material de
entulho gerado na produção.
Nesse contexto, ao passo que as invenções
espetaculares do homem o possibilitou, com as próprias mãos, chegar a patamares
de sucesso elevadíssimos, também o sentenciou a protagonizar um colapso nos
recursos naturais, essenciais à existência de vida saudável no Planeta. Dessa
forma, se o poder da criação humana não receber um toque de sensibilidade, a
humanidade está fadada ao caos.