segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cúmplice...




Tarde de sábado em silêncio só... Na varanda namoro tua paisagem. Olho pra curva de teus tijolos e penso naqueles que te puseram em pé... As vidas que ali ficaram, pessoas que passam todos os dias por tuas tortuosas linhas, amores que te imploraram retorno.


Em que volta tua, fará a curva o meu amor? Que suporte teu, mandará meu coração ao lote do sossego?


Tarde, noite, manhãs escuras... Imponentemente, você permanece firme. Firme como o mandacaru em tempos de seca; inabalável como o homem-robô que não possui coração; perfeita como o batom vermelho, sonho de valsa, nos lábios da rapariga; segura como o amante que tem em sua amada confiança plena; imóvel... indiscutivelmente necessária.

És a grande mãe d’Aqui e d’Lá.

És a grande cúmplice de noites bem dormida.