quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Odisséia!




O que fazer quando o curso de graduação termina? Tantas dúvidas surgem... Que situação! A angústia bate e o desespero, ás vezes, é companhia constante.

O concurso passou e eu fiquei; alguns foram para outras vilas e permaneço aqui; tudo acontece ao meu redor e eu pareço permanecer parada... É horrível. Além de tudo, penso na obrigação que recai sobre as costas... Retorno aos pais; à sociedade cobra e não tenho nada a entregar, o que fazer? Queria a resposta pra ontem. Minhas perguntas são muitas e nada, nem ninguém as respondem.

O que fiz durante o meu curso? O que trouxe dele? Quais meus méritos na conclusão do mesmo? O que fiz durante quatro anos?

Conversei... estudei... conversei... brinquei... estudei... senti saudade... me estressei... aprendi... conversei mais uma vez, brinquei de novo, atendi ao telefone, busquei outras coisas, aprendi novos rumos... causei polêmica, gerei estresse, criei intrigas, chorei, odiei, vivi muito em poucos dias... saí de cabeça erguida.

Ganhei o que?

Experiência, amigos verdadeiros, conhecimentos, metas, foco, pessoas agradáveis, lugares próprios.

O que foi embora?

O que já não servia...

Coisas desagradáveis, pessoas intragáveis, pessoas sem noção, pessoas sem opinião... “Maria vai com as outras”... Tudo num só balaio! Todos num só ensaio... Tempos demorados, tempos amargos, tempos necessários... Perdas necessárias.

Fazer o que?

Esperar amanhecer... Continuar, e continuar bem.


Meus pedidos...

Que olhares e línguas ferinas permaneçam longe dos meus passos;

Que o Universo conspire a favor dos bons;

Que a as indagações estejam num perfeito equilíbrio às ações;

Que o homem seja sábio em todas as atitudes e palavras ditas, uma vez que suas ações lhe identifica e suas palavras, além de dizer quem é, causa estragos na mesma proporção da ênfase a que foi pronunciada;

Que o ser humano entenda que...

A beleza física da juventude tem prazo de validade;

 A experiência é boa, mas claro, aquela a qual podemos falar para filhos e netos;

 Festa é muito bom para sair da rotina e não ser rotina;

Bebida, às vezes, é bem-estar, mas em pequenas doses e esporadicamente;

Sexo seguro não é fugir de gravidez indesejada, é viver para todo o sempre bem, saudável e feliz;

Que as relações não sejam construídas em cima de valores (espécies), mas a partir de valores morais e éticos. Esses permanecerão até a velhice;

Que a humanidade entenda que o problema do vizinho também é meu, uma vez que dividimos o mesmo planeta e o tsunami do lado oriental, pode chegar aqui com a intensidade de um tsunami e não necessariamente de uma marolinha.